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Biscoito da Sorte
Aceita um biscoito da sorte? É só clicar e descobrir a surpresa que tem dentro dele pra você!
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Onde está a bela tarde de sol
Prometida pelo garotinho de três anos?
A esperança parou no farol
E os sonhos viraram profanos.

Quem me dera voltar ao passado
E pedir desculpas ao garotinho
Que estará no canto isolado
Chorando bem baixinho.

Não sei se ele irá perdoar o meu furo
E não deixa de ter toda a razão
Afinal, estraguei seu futuro
Como a má rima estraga o refrão.Clicando aqui, você lê a poesia completa
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Os aplausos reverenciados ao expert das campanhas comerciais causaram um desplugamento dele das maquinações preliminares de sua obra prima. Desfrutando o sabor da glória, interinamente, relaxou suas características cognitivas de associações dos elementos. Nada obstante, a centelha de luz nele provocada pelo usuário juvenil de sua criação trouxe à tona a gênese estrutural do engenho.

E, então, rememorou que, num encontro de ex-alunos do tradicional instituto de educação, soube que Pablo partiu para a terra de seus ancestrais a fim de cursar zootecnia. Nesta circunstância, aliás, aproveitou para tirar mais uma onda e disse que "o animalzinho dos Andes" – como o batizou carinhosamente – "aprenderia a cuidar de seus parentes".Clicando aqui, você lê o conto completo
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O segundo palestrante, biólogo atuante no Greenpeace, foi bem mais moderado. Consentiu alguns tópicos evidenciados pelo precoce colega, mas salientou que deveria ser aplicado um policiamento geoclimático para impedir que a ganância do setor industrial ameaçasse a natureza no que tange a poluição.

O discursista seguinte, um aposentado doutor em geoclimatologia, fez questão de enfatizar a sua longa experiência na profissão para divergir de seus pares, mostrando-se tranquilo em relação à atualidade e reticente quanto ao futuro.

E, para encerrar a solenidade, foi ao púlpito um sábio senhor que aparentava ter mais ou menos oitenta anos. Diferentemente dos demais, não expôs uma única vertente e nem salvaguardou uma opinião, apenas esclareceu os elementos, conjecturou e, humildemente, delineou uma gama de hipóteses.

Creio que ninguém mais naquele recinto olhou para os experts na mesma condição que eu. Pelas reações fisionômicas dos espectadores, deu para perceber que cada um dos quatro conferencistas tinha os seus adeptos. Já eu concordei com todos. Todos estavam certos, se observados pelo ângulo do contexto que se propunham.Clicando aqui, você ouve a crônica
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Ganho eu, ganha você
Tem pra todos, pode crer
Bom compartilhar.

Vou dizer qual é a manha
O vento vem da montanha
Pra em todos ventar.

Sou malandro do bem
Vivo em paz, vivo zen
Sempre penso além
Amém, oxalá.

Sai pra lá todo mal
Etcétera e tal
Vou subir um degrau
Pra poder cantar.Clicando aqui, você lê a letra de música completa
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Peguei o bandejão, servi-me de suco, bife, batata frita e sobremesa, dispensando os gosmentos feijão e arroz, e sentei-me junto às demais crianças.

Não foi surpresa nenhuma ver a menina da cadeira vizinha levantando-se e mudando-se de lugar. Isso acontecia sempre. Eu só não esperava que a professora, que observava tudo à distância, interviria, tentando impedir que a Nicole concluísse o seu ato escancarado de discriminação explícita.

– Perto desse filho do diabo eu não sento, tia. Eu rezo todas as noites pra ele morrer – esclareceu convincentemente a amável coleguinha.

Estava justificadíssimo!

A professora olhou pra mim, olhou pras crianças, alimentou uma fisionomia de dúvida por alguns instantes, abriu a boca e elevou o dedo indicador em riste como se fosse dizer algo semelhante a um discurso de um Martin Luther King que defende os brancos pobres que vão pra escola numa Brasília verde e interpretam esquizofrênicos que apedrejam igrejas, entretanto… baixou o dedo, arriou os olhos e disse:

– Tá bom, Nicole.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Eu estava assustado. Profundamente assustado. Calma, Marcelo, o Universo é sábio. Não é à toa que você está com esta revista Caras molhando embaixo do seu sovaco suado.
– Moça, você quer trocar o livro da sua irmã por esta revista?
Ela franziu a testa e pareceu ter experimentado uma metamorfose, transfigurando-se num bagulho mais esquisito do que o Steven Tyler, o vocalista do Aerosmith. Suponho que, no planeta dela, era o modo usual de manifestar contentamento.
Desta feita, a prima bonita do E. T. gritou:
– SIM!
Quem é da Geração X, assim como eu, levanta a mão! Vocês, com certeza, recordam-se do programa Domingo no Parque, do Silvio Santos. Sabe aquele quadro em que as crianças ficavam dentro de um foguetinho, ouvindo música?
O Silvio Santos perguntava se o menino queria trocar a bicicleta por um chiclete de jiló mastigado e o menino gritava: “SIM!".
Foi exatamente desse jeito que ela gritou quando eu a questionei sobre a troca do livro pela revista: “SIM!”.
Soltei a revista no ar e entreguei-a aos caprichos da Lei de Newton. Chocado, recuei pisando três vezes pra trás e saí do edifício a passos largos, andando ligeiro, quase correndo.Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação digital